sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Verdadeira História do Conde Drácula


Conta-se que o mito dos vampiros teve início com Vlad lll, o Empalador.

Vlad lll foi o príncipe da Valáquia, e, historicamente, é mais conhecido por suas atitudes e punições cruéis que impunha a seus prisioneiros. O fato mais interessante é que, até hoje, ele é considerado um herói na Romênia, por ter sido contrário aos Turcos em sua época, e por não aceitar nenhum tipo de crime em sua região.


Podemos dizer, assim, que Vlad lll foi o pai da mitologia vampiresca, pois sua raiva por seus inimigos era tanta que os mandava empalar cruelmente e sem repulsa pela cena e, sem arrependimento, almoçava ao ar livre, observando seus inimigos sangrarem até a morte.
Em minhas pesquisas sobre o porquê do nome “Vlad Drácula”, encontrei muitas respostas. Drácula, também escrito Draculea e Drakulya, era usado para designar Vlad em documentos. Também significa “filho do dragão”, e refere-se a seu pai, Vlad Dracul, que recebeu este apelido de seus súditos após ter se juntado à Ordem do Dragão, uma ordem religiosa, draco (”dragão”), significa “diabo” no romeno atual.

Também existem pessoas que dizem que o nome Drácula foi designado por adversários políticos, em virtude de regime governamental.
Muito tempo depois desses acontecimentos, um homem interessou-se pela história do imperador romeno. Esse homem foi Bram Stoker, um escritor irlandês que se encantou pela densa história de Vlad e criou o Conde Drácula, um vampiro, poderoso que criou uma legião de mortos-vivos condenados a vagar pela Terra. Em 1897, foi publicado o romance Drácula.
E daí por diante o mito dos vampiros nunca mais deixou de povoar a imaginação das pessoas. Seguiram-se vários tipos de vampiros, e um exemplo clássico é o Nosferatu.
Em minhas pesquisas, encontrei até algo bem engraçado: a revista americana Skeptical usou a matemática para provar que não há vampiros!

A conta é simples. Cada pessoa mordida por um vampiro vira outro vampiro. Assim, enquanto a população da criatura cresce em progressão geométrica, a dos humanos diminui no mesmo ritmo. Se o primeiro vampiro tivesse surgido em 1600, quando o a população mundial era, em média, 536 milhões de pessoas, e o vampiro – e seu grupo – se alimentasse uma vez por mês, bastaria só 30 meses para a raça humana desaparecer e os dentuços dominarem o mundo.
Antes que alguém me bombardeie com provas contraditórias, sim, eu sei que também existe uma outra vertente do mito que afirma que só se torna vampiro aquele que se alimenta de outro vampiros. Mas, como eu disse antes, foi um dado interessante de pesquisa. A Ciência sempre procura desmistificar as lendas e crenças.
Muitas pessoas portadoras de catalepsia foram enterradas vivas, e consideradas vampiros.

 Retomando, se tivermos agora em mente que os vampiros bebedores de sangue não existem, o que podemos refletir sobre os tais vampiros “energéticos” [?]

Bom, em minha opinião, esses são bem reais, até mais do que imaginamos.
Você nunca chegou perto de alguém e, depois de um tempo, se sentiu um pouco cansado [?]
Pois isso é um dos sintomas que pode ocorrer quando você está perto de pessoas que “sugam” a sua energia.

Calma. Não é preciso apertar o botão de pânico.

Alguns vampiros “energéticos”, normalmente, não sabem que sugam a sua energia. Porém, há aqueles que sim, sabem o que estão fazendo e sentem prazer nisso. E aqui vale ressaltar que a energia de uma pessoa em desequilíbrio (seja ele físico, mental ou emocional), pode ser facilmente tomada por um vampiro energético.
Os vampiros de energia são pessoas normais (ou seja, nada que caracterize os vampiros da mitologia – como os caninos desenvolvidos). Vivem em sociedade, têm família, trabalham, estudam… Não têm nada de os diferencie de mim ou de você, além da habilidade (querendo ou não) de sugar as energias das pessoas. Eles são obsessores, nada mais e nada menos.
Contudo, vale um aviso: os vampiros energéticos podem ser tanto encarnados como desencarnados.

Antes de concluir este texto, reafirmo minha posição: vampiros “sugadores de sangue” não existem; os vampiros energéticos, sim, são reais.
O que eu penso do mito dos vampiros e sobre os vampiros “energéticos”
Eu sempre quis que os vampiros existissem, por que é meu sonho de infância.
Mas não é assim.
Sobre vampiros “energéticos”, eles não carregam uma placa dizendo “Oi! Sou um vampiro e sugarei a sua energia”, então acredito que devemos seguir orando sempre e estar atentos.
“Orai e vigiai.”
Segue um documentário do Discovery Channel, não legendado sobre Vlad Dracula Tepes.
Abraços a Todos e um Ótimo Domingo.


Introdução a Quem foi o verdadeiro Conde Drácula?


vampiros
Foi somente quando avaliou referências durante uma pesquisa no British Museum que o romancista Bram Stoker encontrou o homem que serviria de base perfeita para seu clássico personagem de terror gótico, o Conde Drácula [fonte: Kent State University]. Vlad Tepes, umpríncipe do século 15, que vivia nas montanhas(em inglês) da Europa (em inglês) oriental foi sua inspiração.
Relatos da crueldade de Vlad Tepes vêm sendo distorcidos ao longo da história e a adaptação de Stoker parece ter perpetuado esses equívocos. Do pai, Vlad orgulhosamente herdou o nome "Dracul" ("Filho do Dragão"), mas o príncipe passou a ser chamado de "Tepes" ("Empalador") baseado em seu suposto gosto de empalar suas vítimas. 
Grandpa from The Munsters
CBS Photo Archive via Getty Images
A imagem popular de Drácula mudou de terrível vampiro para comediante (como o Grandpa no programa de TV "The Munsters"). Mas como era o verdadeiro Conde Drácula?
Tepes não era um vampiro, embora um relato histórico detalhe que ele bebia osangue de suas vítimas [fonte: West Grey Times (em inglês)]. Logicamente, Tepes também não era imortal, como narrado por Stoker.
Mas Stoker não se inspirou apenas no nome do príncipe. O reinado de Tepes realmente foi cruel e sangrento. Quando se investiga o sensacionalismo da história, é fácil encontrar relatos extremamente exagerados que obscurecem os fatos, como os de milhares de pessoas torturadas (em inglês), mutiladas ou mortas por ele ou sob seu comando [fonte: University of Louisiana]. 
Vlad fez muitos inimigos poderosos como príncipe da Wallachia, região da Romênia(em inglês), porque era defensor do cristianismo contra os turcos muçulmanos. Foram seus inimigos que divulgaram histórias terríveis sobre ele, o que inadvertidamente assegurou o lugar de Tepes na história. Os relatos dos feitos e das atrocidades cometidas por Tepes eram tão impressionantes que um desagradável poema épico sobre ele foi publicado pela máquina de impressão de Gutenberg apenas oito anos depois de o mesmo equipamento ter sido usado para imprimir a primeira Bíblia [fonte: Mundorf and Mundorf]. Se os detratores não tivessem se empenhado em uma campanha contra ele através de publicações que existem até hoje, o legado de Tepes poderia ter se perdido.
Então quem foi esse homem? Tepes tinha sede de sangue na vida real como o personagem de ficção nos filmes e livros? A resposta é sim - talvez até mais. 

O empalador

A ficção criada por Bram Stoker quanto ao Vlad Tepes estimulou uma pesquisa que visava mostrar os motivos para os assassinatos cometidos pelo príncipe. Tepes desejava uma Romênia unificada, livre das influências externas da Alemanha (em inglês), da Hungria (em inglês) e dos turcos.
A consolidação de seu poder foi cruel. Na Páscoa de 1456, Tepes convidou a aristocracia da região para jantar com ele. Depois da refeição, ele matou os idosos e os mais fracos e marchou 50 milhas junto aos demais convidados a um castelo dilapidado, do qual se apossou. Ali fez a nobreza trabalhar pesado para restaurar o castelo. A maioria morreu vítima de maus tratos e de exaustão; os que sobreviveram foram empalados vivos em estacas fora do castelo onde as restaurações haviam sido concluídas [fonte: Carroll].
Vlad Tepes
Imagem/Getty Images
Pintura de Vlad (Drácula) Tepes, príncipe do século 15 que inspirou o vampiro fictício de Bram Stoker
O pai de Vlad, Vlad Dracul, governou Wallachia de 1436 a 1442, foi destituído por seus compatriotas e retomou o trono de 1443 a 1446. Vlad Tepes ocupou a mesma posição de 1456 a 1462 [fonte: Tacitus]. Quando se iniciou na Ordem do Dragão, organização secreta dos cavaleiros cristãos, ele assumiu o nome "Drácula" que seria substituído pelo apelido "Tepes" por quem o temia e o odiava.
As ideologias sociais de Vlad Dracul eram contraditórias. Vlad queria ser lembrado como um santo e chegou a matar um monge católico que negou que ele seriacanonizado [fonte: Carroll]. Seu comportamento jamais poderia ser comparado ao de um santo. Vendo a destituição como um castigo a seu domínio, Tepes convidou seus pobres súditos para jantar com ele. No fim do jantar, ele trancou a porta da sala e seus guardas atearam fogo no local, matando os que estavam dentro do recinto [fonte: Marinari].
Seus inimigos estrangeiros sofreram punições semelhantes (senão piores) a de seus súditos. Durante quatro anos, Tepes e seu irmão mais novo foram aprisionados pelos turcos quando o pai os havia enviado ao tributo do sulto Mehmet. Para os turcos, o pai de Tepes tinha se tornado um líder fantocheda Wallachia e seus filhos foram aprisionados para garantir a contínua lealdade do pai deles [fonte: Fasulo]. Esperava-se que Tepes agisse como seu pai, mas, em vez de manter a submissão aos turcos, ele resolveu combatê-los.
Quando se tornou príncipe em 1456, Tepes deu passos largos em direção à independência da Romênia. Ele promoveu uma guerra biológica ao enviar súditos disfarçados de turcos com doenças infecciosas para viver entre os militares nos campos [fonte: Marinari]. Quando eles invadiram a capital de Wallachia, Tirgoviste, os turcos que sobreviveram encontraram uma floresta (com dimensão entre 800 metros a 3 quilômetros) feita inteiramente de corpos de prisioneiros capturados e empalados em estacas. Os invasores partiram rapidamente [fonte: Carroll].
A empalação, método de execução muito usado por Tepes, era uma forma extremamente dolorosa de morrer. Tepes se certificava de causar o máximo de dor quando empalava suas vítimas ao arredondar as extremidades das estacas para reduzir o corte. Estacas eram inseridas no ânus da vítima e empurradas para a outra extremidade até sair pela boca. Depois disso, as vítimas empaladas eram içadas verticalmente e deixadas em agonia - algumas vezes dias a fio [fonte: Fasulo].
O velho vampiro no romance de Stoker precisava de sangue para continuar vivo; Tepes derramou sangue para dar vida longa a seus objetivos. Segundo algumas estimativas, o número de vítimas chegou a 40 mil [fonte: University of Louisiana]. Vale destacar que alimento e morte eram muito entrelaçados na vida de Tepes. Ele freqüentemente jantava com seus convidados antes de matá-los e ficou conhecido por fazer refeições ao ar livre no meio de pessoas mortas ou agonizantes [fonte: Martin]
Por que sangue é um símbolo de vitalidade e poder na ficção?, descubra a seguir.

Sangue: símbolo da vida

A maioria dos cristãos não iria pressupor o vampirismo na história da última ceia. Cristo oferece aos discípulos o cálice contendo vinho que simboliza seusangue. Mas existe um paralelo entre a Eucaristia e as lendas de vampiro: ambas sugerem que o sangue traz a vida.
De acordo com algumas fontes, sangue também era conhecido por sua capacidade mítica de manter a beleza. Quando o Drácula da ficção de Bram Stoker se alimentava de sangue, sua aparência mudava e ele se tornava bonito e jovem. Comenta-se que a condessa húngara Elizabeth Bathoryusava sangue de suas vítimas para promover a beleza de sua pele. Algumas mulheres da época renascentista acreditavam que aplicar sangue de pombos na pele pudesse manter a beleza [fonte: McNally]. 
Antropofagia (canibalismo) é um exemplo da simbólica vitalidade proveniente da ingestão de carne ou de sangue de outros humanos. Por meio do canibalismo, a vitalidade geralmente surge de duas fontes: da família e dos derrotados. Endocanibalismo se refere à ingestão de carne de um membro do grupo. Em algumas culturas, comer carne de parentes serve para manter a linha dos ancestrais [fonte: Goldman]. Exocanibalismoconsiste na ingestão de carne de uma pessoa de fora do grupo, a exemplo de um inimigo capturado. Segundo relatos, Tepes cometeu exocanibalismo quando ingeriu sangue de turcos capturados, embora não haja evidências de que ele acreditasse obter qualquer poder decorrente do ato. Antes, ele havia comido pão embebido em sangue em uma tigela como sinal do que os turcos deveriam esperar do futuro [fonte: West Grey Times]. 
German cannibal Armin Meiwes.
Uwe Zucchi/AFP/Getty Images
Canibalismo associado à loucura no mundo moderno e desenvolvido. O alemão Armin Meiwes foi condenado por carnificina ao matar e comer um humano, que foi condescendente com o ato.
Talvez o caso mais famoso de canibalismo tenha acontecido em 1972, quando um avião que levava a seleção uruguaia de futebol caiu naCordilheira dos Andes (em inglês). Diversas pessoas sobreviveram e recorreram ao canibalismo comendo a carne dos colegas mortos para sobreviver por mais de dois meses [fonte: Walton (em inglês)].
Parece que nossos ancestrais levaram algum tempo para criar costumes - restrições culturais - contra o canibalismo. Evidências de antropofagia recente (1100 d.C.) foram descobertas em povoados em Anasazi (em inglês) no sudoeste dos Estados Unidos [fonte: Melmer (em inglês)]. Pesquisadores encontraram uma variação no gene humano em todo o mundo todo que sugere que nós descendemos dos canibais [fonte: BBC (em inglês)].
Assim, lendas de vampiros podem ser alegorias de verdadeiros monstros na vida real - talvez como Vlad Tepes - que se recusaram a honrar o sagrado tabu de não consumir a vitalidade de outros humanos.

Filme de Drácula estrelado por Christopher Lee


A LENDA DO VAMPIRO
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A história do vampiro, o Conde Drácula, é uma mistura de mitos e verdades. A figura histórica do Conde Drácula realmente existiu, mas essa história de vampiro é fruto da criatividade (ou seria alucinação?) do escritor Bram Stoker e sua novela escrita em 1897.
O príncipe Vlad III, posteriormente Conde Drácula, nasceu em 1431 e governou a região por um bom tempo. O nome Drácula ele herdou do pai Vlad Dracul (em Romeno, Drácula é como o diminutivo de Dracul). A palavra Dracul significa dragão ou demônio. Ficou famoso por ser um governante muito rígido e sanguinário, que defendeu a região contra a invasão de turcos, combateu inimigos e tratava os prisioneiros e desordeiros com imensa crueldade (alguns romenos até o admiram por que naquela época, dizem alguns, pelo menos existia ordem).
Ficou conhecido como Vlad Tepes  (que significa Vlad, o impalador) em função de seu método preferido de tortura e execução: o impalamento. Hein?? Bom, impalamento é uma técnica medieval de execução que consiste em espetar o sujeito com uma cunha gigante que atravessa o cara de “buraco a buraco” e deixá-lo plantado/pendurado agoniando até o fim. Curuz, nem precisa falar por onde a cunha entrava né? Enfim, sua fama se espalhou pela Europa através da recém inventada imprensa escrita. Muito tempo depois, provavelmente baseado nas lendas e crenças da distante europa oriental, Bram Stoker escreveu sua obra mais famosa.
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Na Romênia, os livros de história não falam que o principe Vlad III, o conde Drácula, era um vampiro, mas, hoje em dia, tem muita gente que acha essa história uma beleza pra faturar uns leizinhos (moeda romena)…  -)
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Bela Lugosi ( O Conde Drácula)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Será que o alho oferece proteção contra os vampiros? Um estudo experimental

Será que o alho oferece realmente proteção contra os vampiros? Esta é uma questão que tem atormentado a humanidade desde tempos remotos, mas o que muitos não sabem, é que essa questão já foi respondida por dois investigadores noruegueses nos anos 90, Sandvik e Baerheim. Encontrei o estudo experimental de 1994 no PubMed, uma base de dados de citações de artigos científicos na área da medicina e ciências da vida. Os investigadores chegaram à conclusão de que na realidade o alho não confere proteção, mas que provavelmente atrai ainda mais os vampiros. Segue-se então o abstract (resumo):
Os vampiros são temidos em toda a parte, mas a região dos Balcãs tem sido especialmente assombrada. O alho tem sido considerado como um profilático eficaz contra os vampiros. Nós queríamos explorar esse alegado efeito experimentalmente. Devido à falta de vampiros, foram utilizadas sanguessugas no seu lugar. Num ambiente de pesquisa rigorosamente padronizado, as sanguessugas tinham de fixar-se a uma mão untada com alho ou a uma mão limpa. A mão untada com alho foi preferida em dois de três casos (50,4% a 80,4%, intervalo de confiança de 95%). Quando preferiram o alho as sanguessugas demoraram apenas 14,9 segundos a fixar-se, comparado com 44,9 segundos quando foram para a mão sem alho (p <0,05). A crença tradicional de que o alho tem propriedades profiláticas provavelmente está errada. O inverso pode ser de facto verdade. Este estudo indica que, possivelmente, o alho atrai vampiros. Portanto, para evitar um desenvolvimento semelhante ao dos Balcãs na Noruega, devem ser consideradas restrições no uso de alho.
“Devem ser consideradas restrições no uso de alho”?! Existirá uma epidemia de vampiros nos Balcãs da qual não tenho conhecimento? Se sim, não deveria ser assim tão difícil arranjar um espécimen para a experiência. E porquê sanguessugas?  Toda a gente sabe que os vampiros se transformam em morcegos! E já agora, porque não o Chupa-cabra?!
Para este estudo ser mais absurdo só falta mesmo testarem crucifixos e estacas de madeira. Eu não sei se começo pela ironia da expressão “falta de vampiros” num estudo cujos autores aparentam acreditar que os vampiros são uma ameaça real e importante o suficiente para que se recomende a restrição na utilização de alho. Ou se começo pela escolha da sanguessuga enquanto animal modelo de uma figura do folclore para a qual não existem quaisquer evidências. Existem realmente casos de vampirismo conhecidos, mas não têm nada de sobrenatural, todas essas pessoas sofrem de transtornos mentais.
Para ser justo, pelo menos agora já sei que não é recomendável usar a minha água-de-colónia com aroma a alho quando tiver de atravessar um pântano infestado por sanguessugas. Na verdade, acho que vou até sugerir novas linhas de estudo para estes intrépidos investigadores. Até porque a ciência baseada na realidade é algo tão… 1993.

Vampiros X Vampyros

O mito dos vampiros transcendem o tempo e o local. Em cada canto do planeta você ouvirá um mito sobre um ser bebedor de sangue, que retorna do reino dos mortos, para viver eternamente. Alguns conhecem o mito como uma pessoa que não completou sua missão na Terra, ou que morreu de forma inadequada, ou mesmo foi enterrada de forma indevida. Temos também o mito de Lamia, que por ter perdido seu filho durante o parto, ficava sobre uma árvore e atacava as mães e seu filhos ou mesmo jovens rapazes, que ela seduzia e bebia de seu sangue. Das Américas Andinas ao Japão, o mitos são os mais variados e muitas vezes semelhantes. O mito foi tão bem desenvolvido na Ásia e no oriente europeu, que encantou a Europa Ocidental, que começou a desenvolver poesias e contos do mais diversificados, sobre vampiros. Até que um grupo de ingleses se reuniu e dediciram desenvolver contos de horror. Deste encontro saiu "Frankenstein" de Mary Shelley e "O Vampyro" de John Polidori.
Lógico, o nome do título não tem haver com o que escreverei mais a frente, mas é interessante como Polidori usou este título. Ele o escreveu em homenagem a um dos grandes escritores da história, que participou naquela noite do encontro, Lord Byron. Durante uma viagem dos dois na Grécia, Polidori desenvolveu seu personagem pensando no seu companheiro. A história é sobre Lord Ruthven, um lorde inglês que viaja com um jovem pela Grécia, e lá este jovem descobre que ele é um vampiro. Os dois se separam o só vêm a se encontrar no casamento da irmã do jovem rapaz com o Conde Masden (daí vem meu sobrenome), que consequentemente é Lord Ruthven, que herdará o título do próprio pai. Lógico, não contarei toda história, pois ela é muito interessante.
É interessante a mudança do estilo do vampiro neste momento, que passa de morto-vivo para um membro da alta-classe inglesa. Este romance foi uma das idéias iniciais para outro grande romance, mais conhecido de todos. De Bram Stoker, "Dracula".
Dracula contava, através de cartas e diários, a história de um conde romeno que vai morar na Inglaterra vitoriana e lá começa a vampirizar jovens e encantá-las. O interessante é que, o vampiro de Polidori não tinha problemas com sol ou mesmo objetos sagrados. Lógico, preferia a noite para agir, pois a escuridão o favorecia, mas o sol não lhe fazia nenhum mal. Já Dracula manteve o mito religioso de que não poderia tocar ou ser tocado por um objeto sagrado, como um crucifixo. Uma das artimanhas do personagem de Van Helsing, foi encher o caixão de Dracula com hóstias eucarísticas, tornando a terra ali dentro consagrada.
Dracula se tornou o ícone do vampirismo mítico-moderno, fazendo a todos crerem que o conde Vlad, O Empalador, cujo pai fez parte da Ordem do Dragão (Dracul, que significava demônio ou dragão) e se auto-denominava Vlad Dracul, era um vampiro mesmo. O povo romeno considerou o livro uma ofensa ao seu herói, mas isso não impediu Drácula de chegar ao teatro, primeiramente, e logo depois ao cinema.
A primeira versão data de 1922 e foi feito na Alemanha, seu título era Nosferatu, eine Symphonie des Grauens, do cineastaF.W.Murnau. Sem permissão da viúva de Bram Stoker, Murnau criou sua própria versão do romance. O vampiro se chamava Graf Orlock e foi generosamente interpretado por Max Schreck, mas nem por isso deixou de ser caçado. A viúva de Stoker processou o diretor do filme e ordenou que todas as cópias fossem queimadas, só que após o falecimento dela, várias outras surgiram e com isso fora salvo o primeiro filme de vampiros da história do mundo.
Essa versão de Murnau gerou várias cópias também, dentre elas Nosferatu: Phantom der Nacht, do alemão Werner HerzogShadow of Vampire, de E.Elias Merhige, onde o atorJohn Malkovich interpreta Murnau e Willem Dafoe interpreta um Max Schreck baseado no mito. Falavam que Schreck, durante todo o período de gravação de Nosferatu, nunca tirou o figurino, sempre mantendo a maquiagem e os dentes postiços. O filme também ganhou uma interpretação em palco, através da Cia. de Teatro Urgente, de Vitória-ES, que manteve o nome Nosferatu, mas a transformou num trabalho de expressão corporal, interpretado pelo bailarino Marcelo Ferreira.
A versão de Dracula, feitas para os palcos dos teatros ingleses pelo próprio Stoker, fez enorme sucesso, principalmente com o ator austro-hungáro Bela Lugosi o interpretando. Por isso que o diretor Tod Browning o convidou, em 1931, para fazer o filme Dracula. Com o roteiro baseado na peça, o filme nos mostrava um Conde Dracula vestido com pompa e elegância e sem os enormes dentes afiados, que só viriam a surgir em 1958, quando Christopher Lee interpretou o vilanesco Conde no filme Horror of Dracula, pela Hammer Films Productions.
A história de Dracula no cinema é longa e vem com filmes maravilhosos a filmes deploráveis, que contêm o nome do personagem, mas um que consagrou foi pelas mãos do diretorFrancis Ford Coppola. O filme Dracula de Bram Stoker, de 1992, trazia uma versão o mais aproximada possível do livro de Stoker e também se baseava nos livros de Radu Florescu e Raymond T. McNally, "Em Busca de Drácula e Outros Vampiros" e "Dracula: Mito ou Realidade". A história era a seguinte, o Conde Vlad III, O Empalador, é casado com uma jovem, chamada Elizabeth. Um dia ele parte para a guerra, na intenção de combater os magiares, povo turco e bárbaro, e quando volta descobre que sua esposa cometera suídicio, assim não podendo ter um enterro católico. Vlad não concorda com isso e condena a Igreja, mas ele termina condenado a vida eterna. Passado longos anos, o jovem Jonathan Harker vai a Transilvania para vender um imóvel a um misterioso Conde Dracula e lá descobre que ele é um vampiro que deseja ir a Inglaterra. Jonathan é impedido de fugir do castelo de Dracula e este vai para o país inglês, onde conhece Mina Murray e por ela se apaixona. Ela também se apaixona por ele, mas desconhece que ele é o responsável pela enfermidade surpreendente que assola sua amiga, Lucy Westenra. N ointuito de ajudar a jovem enferma, um médico, amigo da família da srta. Westenra, chama o renomado médico-professor Abraham Van Helsing. Ele descobre que ela fora vampirizada e que corre enorme perigo... Resumindo um pouco a história, ela se torna uma vampira, descobrem o responsável, após a volta de Mina e Jonathan da Romênia, onde se casaram, mas Mina também é vampirizada e como solução eles têm de ir a caça do conde, que retorna ao seu país e é morto pelos homens apaixonados por Lucy - Lord Arthur Holmwood, Quincy Jones e o Dr. Jack Seward -, Jonathan Harker e o Prof. Van Helsing. Bem, o filme é fantástico e glorifica o mito de Dracula. Mas como eu disse, é um mito.
Vlad III, o Empalador, para muitos foi um terrível vilão assassino, que matou vários na ponta de uma lança, mas no seu país ele é um herói, que defendeu a soberania do seu povo como pôde, mas a história de Vlad e sua família envolve o misticismo, pois diziam que a Ordem do Dragão tinha um envolvimento muito assíduo ao ocultismo.
Bem, mais na atualidade uma nobre senhora de Nova Orleans decidiu modificar ainda mais o mítico mundo vampírico, então em 1976, Anne Rice decidiu escreveu Interview With The Vampire. O livro conta a história de Louis De Pointe du Lac, um abastado senhor de terras que após perder esposa e filha, decidi que sua vida não presta, só que mal sabe ele que está sendo estudado pelo vampiro Lestat de Lioncourt, que o quer como cria. Após transformá-lo em vampiro, Lestat e Louis vivem várias aventuras e em uma delas criam a vampira-criança Claudia. Claudia e Louis decidem viver sozinhos, e ela decide dar cabo do seu criador, então os dois partem para a Europa, onde vivem outro momentos inusitados, até chegarem a França e serem convidados ao Theatré du Vampires, onde conhecem Armand e uma horda de vampiros. Eles decidem dar cabo de Claudia, pois não podem aceitar uma vampira-criança... O resto da história vocês terão de ler. Estava criado assim um novo universo de vampiros e um novo mito, onde envolvia-se até os primeiros povos do mundo. Anne Rice ainda viria a escrever The Vampire Lestat e The Queen of the Damned, ampliando ainda mais sua nova mitologia vampírica. Lógico, estes três não foram os únicos, The Vampire Chronicles possuem um total de dez livros e mais dois que fazem parte dos The New Tales of the Vampires. O sucesso dos livros de Anne Rice a fizeram receber um convite para escrever o roteiro do filme, dirigido por Neil Jordan e com os atores Tom Cruise (Lestat), Brad Pitt (Louis) e Antonio Banderas (Armand) e a atriz - ainda jovem - Kirsten Dunst (Claudia), Interview With The Vampire. Um dos filmes mais fiéis, conta com certa exatidão de tudo que o livro possui. Era para ser único, se não tivessem cometido o erro de fazerem Queen of the Damned, com direção de Michael Rymer. O filme trazia uma mistura dos dois livros seguintes de Anne Rice, Tha Vampire Lestat e The Queen of the Damned. Um verdadeiro desastre devido a descaracterização dos personagens do livro, o filme é esquecível. Só não foi pior do que as tentativas posteriores de ressucitar a franquia Dracula.
Dracula 2000, com direção de Patrick Lussier, nos trazia um Dracula, que não era exatamente o Conde do livro, mas (risos!) Judas Escariotes.
Filmes dos mais diversos existem e mantêm mitos ainda existentes. Alho, rosas, hóstia, artefatos religiosos, sol, espelho, tudo isso ainda é utilizado contra um vampiro. Até atualizaram as coisas, mostrando que vampiros não aparecem em fotos, mas até onde isso é verdade ou mentira?
O vampyrismo real existe! Ele vive entra nós e acreditem, andam durante o dia, bebem e comem como qualquer outro, só que são raros os que se alimentam de sangue, como cita o mito. Sua maioria se alimenta de algo chamado prâna (energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando), no intuito de se fortalecer e gerar algo além da imaginação e do conceito de humanidade. Para chegar a esse assunto mais a fundo, deveremos colocar vários outros fatores aqui.
Lógico, comecei falando da mitologia e falarei dela durante um longo tempo, pois para ter uma compreensão mais enriquecedora de tudo, nada melhor do que saber o que não é real, para podermos separar.
Mais a frente falarei mais profundamente do filmes, livros, jogos e outras coisas, que no levaram ao esclarecimento, até chegarmos no momento de falar sobre o vampyrismo real.
O vampyro que menciono não tem - ou tem - muito haver com o Vampyro de John Polidori, mas isso só será descoberto mais para frente.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011




A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod, originalmente concebido por White-Wolf para o RPGVampiro - A Máscara, narra a origem dos vampiros. Além de A Crônica das Sombras revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e A Crônica dos Segredosque revela os mistérios vampíricos.
A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os Anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. Provavelmente, a confusão se deu através da semelhança entre os termosDrache, que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e Drac que significaDiabo.
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de Drácula inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.