quinta-feira, 10 de novembro de 2011


out
2010
Você, que nasceu entre a década de 80 e o começo da década de 90, com certeza se lembra deste desenho que passava no saudoso e genial Glub Glub. Continuando com nosso especial de Dia das Bruxas, nada melhor do que postar um exemplo da pluralidade dessa data comemorativa, Ernest é um exemplo de que as criaturas macabras podem conversar com todas as gerações.
Ernest, O Vampiro (Ernest, Le Vampire) é uma animação francesa dirigida pela equipeJose Xavier, Jean-Cesar SuchorskiMehad NaimianChahide Doukalique começou a ser desenvolvida em 1988 e tem duas temporadas. A série de episódios mostra a vida do vampiro, que ao contrário do que se imagina, é  medroso, não assusta ninguém e vive tendo pesadelos com diversas coisas que lhe dão medo ou com surpresas desagradáveis. Como dito antes, a animação era exibida na TV Cultura, no programa Glub Glub na década de 90.
Essa animação é incrível, pois além de extremamente divertida tem algumas críticas sociais interessantíssimas. Em um dos episódios (vídeo acima) você pode notar o medo e o desagrado de Ernest ter puxado uma característica forte de um parente indesejado, que ele não quer ver nem pintado de ouro. Geralmente, em meio as palhaçadas sempre existem coisas pra refletir a respeito. Uma escola de como aprender a entreter crianças e fazer adultos refletirem.
O que é mais genial, e não era tão raro na época isso acontecer, era o fato de nenhum dos episódios terem falas, somente trilha sonora. Talvez a falta de recursos na época para essas animações européias desenvolvesse uma habilidade incrível nas equipes de mostrar emoções nos personagens somente em suas expressões faciais e em suas atitudes.
Ernest- O Vampiro

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Verdadeira História do Conde Drácula


Conta-se que o mito dos vampiros teve início com Vlad lll, o Empalador.

Vlad lll foi o príncipe da Valáquia, e, historicamente, é mais conhecido por suas atitudes e punições cruéis que impunha a seus prisioneiros. O fato mais interessante é que, até hoje, ele é considerado um herói na Romênia, por ter sido contrário aos Turcos em sua época, e por não aceitar nenhum tipo de crime em sua região.


Podemos dizer, assim, que Vlad lll foi o pai da mitologia vampiresca, pois sua raiva por seus inimigos era tanta que os mandava empalar cruelmente e sem repulsa pela cena e, sem arrependimento, almoçava ao ar livre, observando seus inimigos sangrarem até a morte.
Em minhas pesquisas sobre o porquê do nome “Vlad Drácula”, encontrei muitas respostas. Drácula, também escrito Draculea e Drakulya, era usado para designar Vlad em documentos. Também significa “filho do dragão”, e refere-se a seu pai, Vlad Dracul, que recebeu este apelido de seus súditos após ter se juntado à Ordem do Dragão, uma ordem religiosa, draco (”dragão”), significa “diabo” no romeno atual.

Também existem pessoas que dizem que o nome Drácula foi designado por adversários políticos, em virtude de regime governamental.
Muito tempo depois desses acontecimentos, um homem interessou-se pela história do imperador romeno. Esse homem foi Bram Stoker, um escritor irlandês que se encantou pela densa história de Vlad e criou o Conde Drácula, um vampiro, poderoso que criou uma legião de mortos-vivos condenados a vagar pela Terra. Em 1897, foi publicado o romance Drácula.
E daí por diante o mito dos vampiros nunca mais deixou de povoar a imaginação das pessoas. Seguiram-se vários tipos de vampiros, e um exemplo clássico é o Nosferatu.
Em minhas pesquisas, encontrei até algo bem engraçado: a revista americana Skeptical usou a matemática para provar que não há vampiros!

A conta é simples. Cada pessoa mordida por um vampiro vira outro vampiro. Assim, enquanto a população da criatura cresce em progressão geométrica, a dos humanos diminui no mesmo ritmo. Se o primeiro vampiro tivesse surgido em 1600, quando o a população mundial era, em média, 536 milhões de pessoas, e o vampiro – e seu grupo – se alimentasse uma vez por mês, bastaria só 30 meses para a raça humana desaparecer e os dentuços dominarem o mundo.
Antes que alguém me bombardeie com provas contraditórias, sim, eu sei que também existe uma outra vertente do mito que afirma que só se torna vampiro aquele que se alimenta de outro vampiros. Mas, como eu disse antes, foi um dado interessante de pesquisa. A Ciência sempre procura desmistificar as lendas e crenças.
Muitas pessoas portadoras de catalepsia foram enterradas vivas, e consideradas vampiros.

 Retomando, se tivermos agora em mente que os vampiros bebedores de sangue não existem, o que podemos refletir sobre os tais vampiros “energéticos” [?]

Bom, em minha opinião, esses são bem reais, até mais do que imaginamos.
Você nunca chegou perto de alguém e, depois de um tempo, se sentiu um pouco cansado [?]
Pois isso é um dos sintomas que pode ocorrer quando você está perto de pessoas que “sugam” a sua energia.

Calma. Não é preciso apertar o botão de pânico.

Alguns vampiros “energéticos”, normalmente, não sabem que sugam a sua energia. Porém, há aqueles que sim, sabem o que estão fazendo e sentem prazer nisso. E aqui vale ressaltar que a energia de uma pessoa em desequilíbrio (seja ele físico, mental ou emocional), pode ser facilmente tomada por um vampiro energético.
Os vampiros de energia são pessoas normais (ou seja, nada que caracterize os vampiros da mitologia – como os caninos desenvolvidos). Vivem em sociedade, têm família, trabalham, estudam… Não têm nada de os diferencie de mim ou de você, além da habilidade (querendo ou não) de sugar as energias das pessoas. Eles são obsessores, nada mais e nada menos.
Contudo, vale um aviso: os vampiros energéticos podem ser tanto encarnados como desencarnados.

Antes de concluir este texto, reafirmo minha posição: vampiros “sugadores de sangue” não existem; os vampiros energéticos, sim, são reais.
O que eu penso do mito dos vampiros e sobre os vampiros “energéticos”
Eu sempre quis que os vampiros existissem, por que é meu sonho de infância.
Mas não é assim.
Sobre vampiros “energéticos”, eles não carregam uma placa dizendo “Oi! Sou um vampiro e sugarei a sua energia”, então acredito que devemos seguir orando sempre e estar atentos.
“Orai e vigiai.”
Segue um documentário do Discovery Channel, não legendado sobre Vlad Dracula Tepes.
Abraços a Todos e um Ótimo Domingo.


Introdução a Quem foi o verdadeiro Conde Drácula?


vampiros
Foi somente quando avaliou referências durante uma pesquisa no British Museum que o romancista Bram Stoker encontrou o homem que serviria de base perfeita para seu clássico personagem de terror gótico, o Conde Drácula [fonte: Kent State University]. Vlad Tepes, umpríncipe do século 15, que vivia nas montanhas(em inglês) da Europa (em inglês) oriental foi sua inspiração.
Relatos da crueldade de Vlad Tepes vêm sendo distorcidos ao longo da história e a adaptação de Stoker parece ter perpetuado esses equívocos. Do pai, Vlad orgulhosamente herdou o nome "Dracul" ("Filho do Dragão"), mas o príncipe passou a ser chamado de "Tepes" ("Empalador") baseado em seu suposto gosto de empalar suas vítimas. 
Grandpa from The Munsters
CBS Photo Archive via Getty Images
A imagem popular de Drácula mudou de terrível vampiro para comediante (como o Grandpa no programa de TV "The Munsters"). Mas como era o verdadeiro Conde Drácula?
Tepes não era um vampiro, embora um relato histórico detalhe que ele bebia osangue de suas vítimas [fonte: West Grey Times (em inglês)]. Logicamente, Tepes também não era imortal, como narrado por Stoker.
Mas Stoker não se inspirou apenas no nome do príncipe. O reinado de Tepes realmente foi cruel e sangrento. Quando se investiga o sensacionalismo da história, é fácil encontrar relatos extremamente exagerados que obscurecem os fatos, como os de milhares de pessoas torturadas (em inglês), mutiladas ou mortas por ele ou sob seu comando [fonte: University of Louisiana]. 
Vlad fez muitos inimigos poderosos como príncipe da Wallachia, região da Romênia(em inglês), porque era defensor do cristianismo contra os turcos muçulmanos. Foram seus inimigos que divulgaram histórias terríveis sobre ele, o que inadvertidamente assegurou o lugar de Tepes na história. Os relatos dos feitos e das atrocidades cometidas por Tepes eram tão impressionantes que um desagradável poema épico sobre ele foi publicado pela máquina de impressão de Gutenberg apenas oito anos depois de o mesmo equipamento ter sido usado para imprimir a primeira Bíblia [fonte: Mundorf and Mundorf]. Se os detratores não tivessem se empenhado em uma campanha contra ele através de publicações que existem até hoje, o legado de Tepes poderia ter se perdido.
Então quem foi esse homem? Tepes tinha sede de sangue na vida real como o personagem de ficção nos filmes e livros? A resposta é sim - talvez até mais. 

O empalador

A ficção criada por Bram Stoker quanto ao Vlad Tepes estimulou uma pesquisa que visava mostrar os motivos para os assassinatos cometidos pelo príncipe. Tepes desejava uma Romênia unificada, livre das influências externas da Alemanha (em inglês), da Hungria (em inglês) e dos turcos.
A consolidação de seu poder foi cruel. Na Páscoa de 1456, Tepes convidou a aristocracia da região para jantar com ele. Depois da refeição, ele matou os idosos e os mais fracos e marchou 50 milhas junto aos demais convidados a um castelo dilapidado, do qual se apossou. Ali fez a nobreza trabalhar pesado para restaurar o castelo. A maioria morreu vítima de maus tratos e de exaustão; os que sobreviveram foram empalados vivos em estacas fora do castelo onde as restaurações haviam sido concluídas [fonte: Carroll].
Vlad Tepes
Imagem/Getty Images
Pintura de Vlad (Drácula) Tepes, príncipe do século 15 que inspirou o vampiro fictício de Bram Stoker
O pai de Vlad, Vlad Dracul, governou Wallachia de 1436 a 1442, foi destituído por seus compatriotas e retomou o trono de 1443 a 1446. Vlad Tepes ocupou a mesma posição de 1456 a 1462 [fonte: Tacitus]. Quando se iniciou na Ordem do Dragão, organização secreta dos cavaleiros cristãos, ele assumiu o nome "Drácula" que seria substituído pelo apelido "Tepes" por quem o temia e o odiava.
As ideologias sociais de Vlad Dracul eram contraditórias. Vlad queria ser lembrado como um santo e chegou a matar um monge católico que negou que ele seriacanonizado [fonte: Carroll]. Seu comportamento jamais poderia ser comparado ao de um santo. Vendo a destituição como um castigo a seu domínio, Tepes convidou seus pobres súditos para jantar com ele. No fim do jantar, ele trancou a porta da sala e seus guardas atearam fogo no local, matando os que estavam dentro do recinto [fonte: Marinari].
Seus inimigos estrangeiros sofreram punições semelhantes (senão piores) a de seus súditos. Durante quatro anos, Tepes e seu irmão mais novo foram aprisionados pelos turcos quando o pai os havia enviado ao tributo do sulto Mehmet. Para os turcos, o pai de Tepes tinha se tornado um líder fantocheda Wallachia e seus filhos foram aprisionados para garantir a contínua lealdade do pai deles [fonte: Fasulo]. Esperava-se que Tepes agisse como seu pai, mas, em vez de manter a submissão aos turcos, ele resolveu combatê-los.
Quando se tornou príncipe em 1456, Tepes deu passos largos em direção à independência da Romênia. Ele promoveu uma guerra biológica ao enviar súditos disfarçados de turcos com doenças infecciosas para viver entre os militares nos campos [fonte: Marinari]. Quando eles invadiram a capital de Wallachia, Tirgoviste, os turcos que sobreviveram encontraram uma floresta (com dimensão entre 800 metros a 3 quilômetros) feita inteiramente de corpos de prisioneiros capturados e empalados em estacas. Os invasores partiram rapidamente [fonte: Carroll].
A empalação, método de execução muito usado por Tepes, era uma forma extremamente dolorosa de morrer. Tepes se certificava de causar o máximo de dor quando empalava suas vítimas ao arredondar as extremidades das estacas para reduzir o corte. Estacas eram inseridas no ânus da vítima e empurradas para a outra extremidade até sair pela boca. Depois disso, as vítimas empaladas eram içadas verticalmente e deixadas em agonia - algumas vezes dias a fio [fonte: Fasulo].
O velho vampiro no romance de Stoker precisava de sangue para continuar vivo; Tepes derramou sangue para dar vida longa a seus objetivos. Segundo algumas estimativas, o número de vítimas chegou a 40 mil [fonte: University of Louisiana]. Vale destacar que alimento e morte eram muito entrelaçados na vida de Tepes. Ele freqüentemente jantava com seus convidados antes de matá-los e ficou conhecido por fazer refeições ao ar livre no meio de pessoas mortas ou agonizantes [fonte: Martin]
Por que sangue é um símbolo de vitalidade e poder na ficção?, descubra a seguir.

Sangue: símbolo da vida

A maioria dos cristãos não iria pressupor o vampirismo na história da última ceia. Cristo oferece aos discípulos o cálice contendo vinho que simboliza seusangue. Mas existe um paralelo entre a Eucaristia e as lendas de vampiro: ambas sugerem que o sangue traz a vida.
De acordo com algumas fontes, sangue também era conhecido por sua capacidade mítica de manter a beleza. Quando o Drácula da ficção de Bram Stoker se alimentava de sangue, sua aparência mudava e ele se tornava bonito e jovem. Comenta-se que a condessa húngara Elizabeth Bathoryusava sangue de suas vítimas para promover a beleza de sua pele. Algumas mulheres da época renascentista acreditavam que aplicar sangue de pombos na pele pudesse manter a beleza [fonte: McNally]. 
Antropofagia (canibalismo) é um exemplo da simbólica vitalidade proveniente da ingestão de carne ou de sangue de outros humanos. Por meio do canibalismo, a vitalidade geralmente surge de duas fontes: da família e dos derrotados. Endocanibalismo se refere à ingestão de carne de um membro do grupo. Em algumas culturas, comer carne de parentes serve para manter a linha dos ancestrais [fonte: Goldman]. Exocanibalismoconsiste na ingestão de carne de uma pessoa de fora do grupo, a exemplo de um inimigo capturado. Segundo relatos, Tepes cometeu exocanibalismo quando ingeriu sangue de turcos capturados, embora não haja evidências de que ele acreditasse obter qualquer poder decorrente do ato. Antes, ele havia comido pão embebido em sangue em uma tigela como sinal do que os turcos deveriam esperar do futuro [fonte: West Grey Times]. 
German cannibal Armin Meiwes.
Uwe Zucchi/AFP/Getty Images
Canibalismo associado à loucura no mundo moderno e desenvolvido. O alemão Armin Meiwes foi condenado por carnificina ao matar e comer um humano, que foi condescendente com o ato.
Talvez o caso mais famoso de canibalismo tenha acontecido em 1972, quando um avião que levava a seleção uruguaia de futebol caiu naCordilheira dos Andes (em inglês). Diversas pessoas sobreviveram e recorreram ao canibalismo comendo a carne dos colegas mortos para sobreviver por mais de dois meses [fonte: Walton (em inglês)].
Parece que nossos ancestrais levaram algum tempo para criar costumes - restrições culturais - contra o canibalismo. Evidências de antropofagia recente (1100 d.C.) foram descobertas em povoados em Anasazi (em inglês) no sudoeste dos Estados Unidos [fonte: Melmer (em inglês)]. Pesquisadores encontraram uma variação no gene humano em todo o mundo todo que sugere que nós descendemos dos canibais [fonte: BBC (em inglês)].
Assim, lendas de vampiros podem ser alegorias de verdadeiros monstros na vida real - talvez como Vlad Tepes - que se recusaram a honrar o sagrado tabu de não consumir a vitalidade de outros humanos.

Filme de Drácula estrelado por Christopher Lee


A LENDA DO VAMPIRO
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A história do vampiro, o Conde Drácula, é uma mistura de mitos e verdades. A figura histórica do Conde Drácula realmente existiu, mas essa história de vampiro é fruto da criatividade (ou seria alucinação?) do escritor Bram Stoker e sua novela escrita em 1897.
O príncipe Vlad III, posteriormente Conde Drácula, nasceu em 1431 e governou a região por um bom tempo. O nome Drácula ele herdou do pai Vlad Dracul (em Romeno, Drácula é como o diminutivo de Dracul). A palavra Dracul significa dragão ou demônio. Ficou famoso por ser um governante muito rígido e sanguinário, que defendeu a região contra a invasão de turcos, combateu inimigos e tratava os prisioneiros e desordeiros com imensa crueldade (alguns romenos até o admiram por que naquela época, dizem alguns, pelo menos existia ordem).
Ficou conhecido como Vlad Tepes  (que significa Vlad, o impalador) em função de seu método preferido de tortura e execução: o impalamento. Hein?? Bom, impalamento é uma técnica medieval de execução que consiste em espetar o sujeito com uma cunha gigante que atravessa o cara de “buraco a buraco” e deixá-lo plantado/pendurado agoniando até o fim. Curuz, nem precisa falar por onde a cunha entrava né? Enfim, sua fama se espalhou pela Europa através da recém inventada imprensa escrita. Muito tempo depois, provavelmente baseado nas lendas e crenças da distante europa oriental, Bram Stoker escreveu sua obra mais famosa.
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Na Romênia, os livros de história não falam que o principe Vlad III, o conde Drácula, era um vampiro, mas, hoje em dia, tem muita gente que acha essa história uma beleza pra faturar uns leizinhos (moeda romena)…  -)
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Bela Lugosi ( O Conde Drácula)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Será que o alho oferece proteção contra os vampiros? Um estudo experimental

Será que o alho oferece realmente proteção contra os vampiros? Esta é uma questão que tem atormentado a humanidade desde tempos remotos, mas o que muitos não sabem, é que essa questão já foi respondida por dois investigadores noruegueses nos anos 90, Sandvik e Baerheim. Encontrei o estudo experimental de 1994 no PubMed, uma base de dados de citações de artigos científicos na área da medicina e ciências da vida. Os investigadores chegaram à conclusão de que na realidade o alho não confere proteção, mas que provavelmente atrai ainda mais os vampiros. Segue-se então o abstract (resumo):
Os vampiros são temidos em toda a parte, mas a região dos Balcãs tem sido especialmente assombrada. O alho tem sido considerado como um profilático eficaz contra os vampiros. Nós queríamos explorar esse alegado efeito experimentalmente. Devido à falta de vampiros, foram utilizadas sanguessugas no seu lugar. Num ambiente de pesquisa rigorosamente padronizado, as sanguessugas tinham de fixar-se a uma mão untada com alho ou a uma mão limpa. A mão untada com alho foi preferida em dois de três casos (50,4% a 80,4%, intervalo de confiança de 95%). Quando preferiram o alho as sanguessugas demoraram apenas 14,9 segundos a fixar-se, comparado com 44,9 segundos quando foram para a mão sem alho (p <0,05). A crença tradicional de que o alho tem propriedades profiláticas provavelmente está errada. O inverso pode ser de facto verdade. Este estudo indica que, possivelmente, o alho atrai vampiros. Portanto, para evitar um desenvolvimento semelhante ao dos Balcãs na Noruega, devem ser consideradas restrições no uso de alho.
“Devem ser consideradas restrições no uso de alho”?! Existirá uma epidemia de vampiros nos Balcãs da qual não tenho conhecimento? Se sim, não deveria ser assim tão difícil arranjar um espécimen para a experiência. E porquê sanguessugas?  Toda a gente sabe que os vampiros se transformam em morcegos! E já agora, porque não o Chupa-cabra?!
Para este estudo ser mais absurdo só falta mesmo testarem crucifixos e estacas de madeira. Eu não sei se começo pela ironia da expressão “falta de vampiros” num estudo cujos autores aparentam acreditar que os vampiros são uma ameaça real e importante o suficiente para que se recomende a restrição na utilização de alho. Ou se começo pela escolha da sanguessuga enquanto animal modelo de uma figura do folclore para a qual não existem quaisquer evidências. Existem realmente casos de vampirismo conhecidos, mas não têm nada de sobrenatural, todas essas pessoas sofrem de transtornos mentais.
Para ser justo, pelo menos agora já sei que não é recomendável usar a minha água-de-colónia com aroma a alho quando tiver de atravessar um pântano infestado por sanguessugas. Na verdade, acho que vou até sugerir novas linhas de estudo para estes intrépidos investigadores. Até porque a ciência baseada na realidade é algo tão… 1993.